quarta-feira, 17 de junho de 2009

Porto Alegre, 05 de setembro de 2002.

Prezado Carroceiro,

Sei que já está cansado de receber notícias da minha vida, mas estou lhe enviando esta carta, como um pedido.
Andando por essas ruas, lembrei-me de nossa feliz infância, lembra de quando empurramos a Mariela no chiqueiro e depois a lavamos no rio para a mãe dela não ver?
É, nós crescemos e cada um tomou seu rumo. Você foi para o Recife e só nos comunicamos através de cartas, já Mariela, sacrificou seu cavo em São Paulo e ficou por lá mesmo.
Agora eu estou feliz aqui, com meu parceiro, o cavalo indestrutível Capitão, nos aventurando entre os carros, estou até levando, meu guarda-roupa agora, eu o achei no lixão, mas está em boas condições, agora estou o levando para o meu barracão.
Escrevendo essa carta sob minha carroça não posso parar de olhar para os lados, a travessia de um rio, infinitas árvores, postes gigantes, grama baixinha. Demais!
Um arranha-céu, não, são muitos e enormes.
Parceiro, venha para cá, juro que não se arrependerá, traga sua família e venha, aproveitar a beleza de Porto Alegre!


Atenciosamente

Larry Escobar

Nenhum comentário: